segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Você não existe. Eu não existo. Mas estou tão poderosa em minha sede, que inventei você para matar minha sede imensa. Você esta tão forte em sua fragilidade, que inventou a mim para matar sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque somos tudo que prescisamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos? Eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu detino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço o meu passado. Então, e assim, somos presente, passado e futuro. Tempo infinito em um só, esse é o eterno.

Chegue bem perto de mim, me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto, não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. (Caio Fernando Abreu)

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